Análise estendida de 6 anos do ensaio clínico STAMPEDE confirma melhora da sobrevida de pacientes com câncer de próstata metastático sob tratamento com acetato de abiraterona e prednisona
Análise estendida de 6 anos do ensaio clínico STAMPEDE confirma melhora da sobrevida de pacientes com câncer de próstata metastático sob tratamento com acetato de abiraterona e prednisona
Estima-se que, em todo o mundo, 1.414.259 homens tiveram diagnóstico de câncer de próstata somente no ano de 2020. O câncer de próstata é o quarto câncer mais diagnosticado no mundo. Em homens com menos de 40 anos de idade, esse diagnóstico é raro. No entanto, aqueles que têm mais de 65 anos estão em risco. Cerca de 50% dos homens que têm o diagnóstico de câncer de próstata local têm probabilidade de desenvolver câncer metastático durante a vida.1
A terapia de privação androgênica (TPA) é o tratamento de primeira linha do câncer de próstata metastático (CPM) sintomático universalmente aceito. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou a TPA apenas como paliação de metástases sintomáticas e como tratamento neoadjuvante da radioterapia. No entanto, ela é amplamente utilizada no contexto comunitário para tratar câncer de próstata.2 O ensaio LATITUDE relatou melhora sustentada da sobrevida global (SG) dos pacientes metastáticos de alto risco que tinham sobrevida mediana de 52 meses após tratamento com acetato de abiraterona (1.000 mg) mais prednisona (5 mg) uma vez por dia, por via oral, e TPA. A análise primária do estudo STAMPEDE, apresentado em 2017, revelou melhoras significativas na sobrevida global e na sobrevida livre de progressão (SLP) com acetato de abiraterona e prednisolona em pacientes com câncer de próstata. O estudo relatou melhora clínica e estatisticamente significativa entre os tratados com acetato de abiraterona com prednisolona para TPA ao longo da vida, em comparação com TPA isolada ao longo da vida. O Comitê de Direção do Estudo STAMPEDE recomendou a realização de análises separadas de pacientes metastáticos e não metastáticos.
A análise estendida do STAMPEDE apresenta os resultados de longo prazo dos pacientes metastáticos na “comparação de abiraterona” do STAMPEDE, em que se observou aumento da mediana de acompanhamento para 73 meses e aumento do número de óbitos >50%. No total, 1.003 pacientes com câncer de próstata (recém-diagnosticados ou recidivantes) foram randomizados na proporção de 1:1 para receber padrão de tratamento (PT) ou PT + AAP (1.000 mg de acetato de abiraterona + 5 mg de prednisolona) até a progressão da doença. Os pacientes foram classificados como de baixo risco ou de alto risco, de acordo com os critérios definidos pelo estudo LATITUDE, em que os pacientes de alto risco eram aqueles com pelo menos duas metástases ósseas ≥3, metástases viscerais e escore de Gleason ≥8.
A mediana de idade, considerando-se todos os pacientes, foi de 67 anos e 94% eram recém-diagnosticados. O grupo de risco de doença metastática apresentou 47% de indivíduos com alto risco, 43% com baixo risco e 9% não classificados. A mediana dos níveis de PSA foi de 97 ng/mL. No total, 88% dos pacientes apresentavam metástase óssea e 29% metástase linfonodal à distância.
Durante o acompanhamento, cuja mediana foi de 6,1 anos, observaram-se mais mortes no grupo PT do que no PT + AAP (329 versus 244 pacientes). Em conformidade com isso, a mediana de sobrevida global foi significativamente maior nos pacientes tratados com AAP (79 meses) do que nos tratados com PT (46 meses; p<0,001). Parâmetros como sobrevida livre de falhas, sobrevida livre de progressão metastática, sobrevida livre de progressão, eventos relacionados ao esqueleto e sobrevida específica da doença melhoraram de forma significativa com o PT + AAP versus PT isolado. Além disso, esses efeitos do tratamento com abiraterona mais prednisolona foram observados tanto em pacientes de baixo risco quanto naqueles de alto risco.
PT isolado | PT + AAP | PT isolado | PT + AAP | PT isolado | PT + AAP | |
% de vivos após 5 anos (IC de 95%) | 55% (48-61) | 72% (65-77) | 28% (22-34) | 49% (43-55) | 40% (26-54) | 59% (42-72) |
PT: padrão de tratamento; AAP: acetato de abiraterona mais prednisona; IC: intervalo de confiança
Este estudo demonstrou com sucesso que os efeitos benéficos da combinação de abiraterona e prednisolona, relatados no estudo STAMPEDE anterior, foram robustos. Os resultados respaldam fortemente o uso de abiraterona em todos os pacientes sob terapia hormonal de longo prazo para câncer de próstata metastático.
Embora a abiraterona mostre melhor eficácia do que o docetaxel (PT amplamente utilizado para câncer de próstata), os custos da abiraterona são muito mais elevados do que os do docetaxel. Com a expiração da patente da abiraterona nos próximos anos, espera-se que os custos do tratamento com abiraterona diminuam.
Os resultados deste estudo podem, então, ser significativos para a tomada de decisões clínicas, pois os benefícios substanciais do direcionamento inicial da via do receptor de androgênio com a utilização de acetato de abiraterona são evidentes em todos os homens que tiveram diagnóstico de câncer de próstata metastático sensível a hormônio, independentemente do grupo de risco da doença metastática.3
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