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Prognóstico de doenças e decisões clínicas com uso do DNA tumoral circulante (DNAtc) em paciente RH-positivo de alto risco: cânceres de mama HER-2 negativos

Prognóstico de doenças e decisões clínicas com uso do DNA tumoral circulante (DNAtc) em paciente RH-positivo de alto risco: cânceres de mama HER-2 negativos

alto risco câncer de mama DNA circulante doença residual mínima
Publicados03 Out 2022
Aviso legal
“A análise de DNAtc identificou doença residual mínima (DRM) em todos os casos de recorrência à distânciaante com tempo de espera mediano de aproximadamente 1 ano. Além disso, a sobrevida livre de recorrência de pacientes com DRM positiva foi menor do que

O câncer de mama superou o câncer de pulmão no sentido de ser o câncer mais diagnosticado. De acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde, o número de mulheres, em todo o mundo, que tiveram diagnóstico de câncer de mama foi, somente em 2020, de 2,3 milhões.1 Além disso, aproximadamente 60% a 80% das pacientes com câncer de mama são do tipo receptor hormonal positivo (HR+), que, ao contrário de outros tipos de câncer mamário, é conhecido por suas altas taxas de recorrência, especialmente na terapia adjuvante tardia. 

As ferramentas clinicopatológicas comumente disponíveis no rastreamento do câncer de mama são insuficientes para determinar pacientes que apresentam alto risco de recorrência tardia. A detecção de doença residual mínima (DRM) por meio do DNA tumoral circulante (DNAtc) no plasma é uma ferramenta prognóstica promissora na recorrência do câncer de mama de alto risco. A detecção precisa da DRM pode ajudar os oncologistas a escolher o curso ideal da terapia adjuvante e maximizar a duração do estado livre de doença com toxicidade mínima para as pacientes. As pacientes com câncer de mama têm níveis mais altos de DNAtc do que as pessoas saudáveis. Assim, pode-se usar o DNAtc no rastreamento e na detecção precoce de mutações de resistência na doença avançada. Além disso, associa-se a depuração de DNAtc no câncer de mama inicial a aumento das taxas de resposta patológica completa após terapia neoadjuvante. A detecção de DNAtc na terapia adjuvante tardia pode facilitar a identificação precoce e o tratamento de DRM, o que previne ou retarda a recorrência.

Realizou-se um estudo prospectivo em 83 pacientes com câncer de mama RH+ de estágio II ou III, de alto risco, diagnosticado pelo menos 5 anos antes por pesquisadores do Dana Farber Cancer Institute e da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, em colaboração com a Astra Zeneca e a Inivata Ltd. O objetivo foi avaliar a relação entre a detecção de DRM e as características das pacientes e analisar se havia alguma associação entre o estado de DRM e a recorrência distante e local da doença.2     

Cerca de 90% das pacientes receberam quimioterapia neoadjuvante (22,7%) ou adjuvante (77,3%). Do total de pacientes, 38,6% fizeram cirurgia conservadora da mama e radioterapia, enquanto o restante, ou 61,4%, fez mastectomia com radioterapia (90%) ou sem radioterapia (10%). Todas as pacientes receberam terapia endócrina e 45,8% delas permaneceram em terapia endócrina adjuvante no último momento de acompanhamento (a mediana de acompanhamento clínico foi de 10,4 anos). 

O estudo demonstrou que cerca de 10% das pacientes apresentaram DRM positiva durante mais de cinco anos a partir do diagnóstico da doença, sem qualquer evidência clínica de recorrência metastática. A análise de DNAtc identificou DRM em todos os casos de recorrência distante, com tempo mediano de espera de aproximadamente um ano. Além disso, a sobrevida livre de recorrência de pacientes com DRM positiva foi pior do que a de pacientes com DRM negativa. No entanto, na análise de DNAtc não se conseguiu identificar DRM na recorrência local.

Embora esse estudo tenha várias limitações, entre elas o pequeno tamanho da amostra, seus resultados são importantes, pois a utilidade clínica dos ensaios de DRM ainda não está claramente estabelecida. Esse é o primeiro estudo sobre análise de DNAtc no plasma para detecção de DRM em câncer de mama RH+ com adjuvante tardio, que é, por si só, um tipo de câncer pouco estudado, responsável por mais de 40.000 mortes somente nos EUA. Diante dos vários estudos clínicos que agora minam a detecção de DRM em intervenções de tratamento, os achados desse estudo podem, assim, ajudar a caracterizar e a incorporar a detecção de DNAtc em estudos clínicos prospectivos.

 

Referências

1. World Organization. Breast cancer. Available at: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/breast-cancer. Last accessed on 25 Aug 2022.

 

2. Lipsyc-Sharf M, de Bruin EC, Katheryn Santos BS, McEwen R, Daniel Stetson MS, Ashka Patel BS, et al. Circulating tumor DNA and late recurrence in high-risk hormone receptor-positive, human epidermal growth factor receptor 2-negative breast Cancer. J Clin Oncol. 2022 Aug;40(22).

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